terça-feira, 13 de outubro de 2009

Produtores estão adquirindo fertilizantes de má qualidade

O Serviço de Fiscalização Agropecuária da Superintendência Federal de Agricultura no Mato Grosso do Sul (SFA/MS) vem intensificando a fiscalização de fertilizantes desde o mês passado para verificar a procedência dos insumos comercializados no Estado. Essa fiscalização acontece rotineiramente o ano inteiro, mas no período de preparo do solo para semeadura e no período de folhagem das culturas os trabalhos são intensificados com o objetivo de localizar e apreender produtos de qualidade duvidosa que possam causar prejuízos aos produtores.

Segundo Marcelo Assis Lemos, Fiscal Federal Agropecuário do Setor de Fertilizantes da SFA, é muito comum encontrar no Mato Grosso do Sul adubos líquidos ou sólidos que não apresentam a eficácia mínima exigida, tecnicamente denominados como insumos deficientes. Os produtores acabam pagando por um produto de qualidade atestado pelo fabricante e recebem produtos adulterados ou fraudados. “Essa situação é bem diferente dos casos de agrotóxicos e sementes piratas, onde o comprador tem noção do que está adquirindo. Fertilizantes adulterados ou deficientes podem ter 100% de ineficácia”, explica Lemos.

A fiscalização da SFA apontou que os maiores fornecedores de fertilizantes deficientes e os campeões de fraudes são indústrias instaladas nos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais. Nos meses de agosto a novembro a fiscalização é intensificada sobre os fertilizantes sólidos (granulados e farelados). Nos meses de novembro a janeiro o trabalho de fiscalização fica mais voltado para os adubos líquidos; justamente os que apresentam maior grau de deficiência e fraude.

“Chegamos a flagrar fertilizante líquido com 100% de fraude, ou seja: Água suja”, revela o fiscal. Para ele, o fato de o Brasil importar mais da metade de todo fertilizante que necessita (60% do nitrogênio, 60% do fósforo e 90% do potássio) facilitam as fraudes. Outro fator relevante nessa situação é o fato do produtor não estar acostumado a solicitar a fiscalização do MAPA/SFA/MS sobre uma partida de fertilizantes adquirida. Esse é um serviço que está a disposição dos produtores, é gratuito e poucos solicitam.

MS Notícias

Profissão ocupa o sétimo lugar entre os melhores salários


Há alguns anos o agricultor deixou a figura de produtor de subsistência de lado e passou a incorporar mais a de empresário rural. A modernização das profissões como um todo veio com a popularização da tecnologia e o aumento da produção agrícola, que ampliou as atribuições e áreas disponíveis na profissão de Engenheiro Agrônomo.
Hoje se evidencia com maior freqüência jovens atuando na área da pesquisa, um setor que evoluiu muito no país nos últimos 50 anos, época em que a formação tinha foco diferente ao que é aplicado hoje nas universidades. “A principal diferença está na formação da época que era puramente técnica, já a formação do Engenheiro Agrônomo de hoje ganhou mais complexidade. Ser Agrônomo hoje é ser gestor de Recursos Genéticos, Gestor de Recursos Humanos, Gestos de Recursos Financeiros e gestor de Recursos Ambientais e todas as interações entre estes fatores. O conhecimento científico também é um fator importante, que há 50 anos vinha todo de fora, hoje ele é realizado aqui”, explica Luiz Carlos Federizzi, professor titular da UFRGS.
Segundo o presidente da Sociedade de Agronomia do Rio Grande do Sul (SARGS), Arcângelo Mondardo, relata que O profissional de hoje conservou todas as características de busca constante pela inovação e avanços tecnológicos dos seus colegas de décadas passadas, incorporado-as ao empreendedorismo e a capacidade explorar com equilíbrio e sabedoria os fatores de produção, sem nunca esquecer dos limites que a natureza impõem a todos que buscam na terra o seu sustento focados nas gerações que irão lhes suceder.
Para o diretor-presidente do CreaCred-RS , Gustavo Lange, os Engenheiros Agrônomos são parte atuante no processo de evolução tecnológica, como pesquisadores e desenvolvedores das inovações na agricultura, tendo por outro lado também a função de levar ao campo estas tecnologias. “Estas inovações foram ferramentas de trabalho que contribuíram para a significativa melhoria nos índices de produtividade do país na agricultura”, disse.
Segundo uma pesquisa da FGV, divulgada pelo jornal Folha de São Paulo, a carreira está no sétimo lugar entre as que pagam os melhores salários no país. Além disso, o mercado tem oportunidades diversificadas para o profissional, que encontra cargos em produtoras de insumos, redes varejistas e instituições de pesquisa em biotecnologia, por exemplo. Além disso, o Brasil é um visto por alguns profissionais como o celeiro mundial da produção de alimentos.
Federizzi conta que quando entrou no mercado de trabalho eram várias as escolhas de emprego por ocasião da formatura, mas a grande maioria era ligada ao sistema oficial de pesquisa ou extensão rural e cooperativas, eram poucas oportunidades em empresas do setor do agronegócio. “Isto mudou e nestes últimos anos está ocorrendo uma grande demanda das indústrias ligadas ao setor”, disse.
É claro que o se vê hoje é um mercado mais exigente e também mais qualificado, e o resultado disso está nos ganhos que a produção agrícola brasileira teve em índices de produção com o passar dos anos. Mas ainda há áreas disponíveis e tecnologias para que nossos Engenheiros Agrônomos produzam mais alimentos. Confira abaixo os desafios da profissão de Engeinheiro Agrônomo, conforme os entrevistados pelo Portal Agrolink relataram:“Produzir alimentos com qualidade e em quantidade suficiente, ordenando a cadeia produtiva para que os benefícios gerados pela produção das riquezas oriundas dos campos sejam apropriados por todos”.
Arcângelo Mondardo, Presidente da SARGS (Sociedade de Agronomia do RS)“O desafio do profissional é conquistar a confiança e o respeito na sua região de atuação, o que acaba vindo com a dedicação e interesse ao trabalho”.
Gustavo Lange, diretor-presidente do CreaCred-RS.“O desafio do engenheiro agrônomo hoje é produzir mais alimentos na mesma área com melhor tecnologia, preservando as qualidades do ambiente para as gerações futuras. Também fazer com que o agricultor ganhe dinheiro suficiente para manter sua família com a atividade agrícola sem depender de governos e de subsídios. Um desafio hoje também é informar o publico da importância da profissão e tudo que o Engenheiro Agrônomo faz para a grandeza do Brasil. E como professor de Agronomia que os alunos entendam a beleza da profissão de engenheiro agrônomo e que se preparem para trabalhar dentro da ética humanista que a profissão exige”.
Luiz Carlos Federizzi, professor titular da UFRGS.Congresso Brasileiro de AgronomiaAinda neste mês comemorativo acontecerá a 26ª edição do Congresso Brasileiro de Agronomia. O evento será entre os dias 20 e 23 de outubro, no Hotel Serrano, em Gramado/RS e terá como tema “Agricultura Forte: Alimento, Energia e Meio Ambiente”. Segundo o presidente da SARGS, Arcângelo Mondardo, no ano em que o evento completa 73 anos mudaram as pessoas, os ambientes, o conhecimento e principalmente a capacidade de encaminhar soluções adequadas aos inúmeros desafios de produzir alimentos, energia e conservar o meio ambiente.
“As novidades estão expressas no minucioso programa que será desenvolvido durante os três dias de congresso, quanto estarão sendo explanados e debatidos por cientistas e personalidades ligadas as ciências agrárias e ao agronegócio alternativas para os desafios da agricultura do século XXI”, disse. O Portal Agrolink parabeniza a todos os Engenheiros Agrônomos neste dia 12 de outubro.

Agrolink