domingo, 30 de maio de 2010

FIM DA CHUVA, INÍCIO DO PLANTIO DE MARACUJÁ


No final da época de chuvas, inicia-se o melhor período para o plantio do maracujá. A recomendação é de Fábio Faleiro, pesquisador da Embrapa Cerrados, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “O período que se iniciou em abril e vai até maio é época interessante para o plantio, pois as mudas no campo sofrerão menos ocorrência de doenças”, afirma. Além disso, ele explica que os dias menores de inverno nos meses seguintes não estimulam o florescimento da planta, que ocorre apenas em situações com mais de 11 horas de luz por dia. Dessa forma, a planta só vai apresentar flores quando estiver maior, em condições mais favoráveis para o desenvolvimento dos frutos. No plantio, o produtor precisa tomar cuidado com o reaproveitamento de sementes. “Não recomendamos essa prática, por causa de perdas provocadas por genes indesejáveis”, explica o pesquisador. De acordo com ele, no maracujá há a diminuição do vigor e da produtividade, de forma semelhante ao que ocorre com o milho. Ambas são plantas alógamas, que dependem de polinização cruzada e, nesse processo de reprodução, algumas características interessantes podem ser perdidas. No caso desse tipo de planta, as pesquisas de melhoramento trabalham para obter híbridos. “Eles são mais uniformes, oferecem mais produtividade e resistência”, explica Fábio. Além da preocupação com a escolha da semente, o pesquisador Fábio Faleiro destaca que o produtor precisa ter em mente a importância de adotar tecnologia para ampliar a produtividade da lavoura. Uma delas é a polinização manual, cuja utilização gera aumento de produtividade entre 40 e 50%. “Essa é uma cultura que exige mão-de-obra e tecnologia, não deve ser plantada de forma amadora”, defende.
(Jornal Mato Grosso do Norte - MT - 26/05)

TECSA CLOR COMBATE A ANTRACNOSE NO MARACUJÁ


O produto TECSA CLOR, importado pela Serquímica, e distribuído pela CRESCENTE FÉRTIL no Ceará, tem tido grande resultados no combate a mancha de antracnose na cultura do maracujá. Este produto é um potente biocida a base de Dióxido de cloro estabilizado a 5% e que é largamente utilizado no segmento de hort-fruti, promovendo uma completa limpeza com relação aos fungos e bactérias
Os resultados obtidos são de grandes importâncias com o uso desse produto, pois nesta época do ano onde ainda aparecem chuvas e o com a elevação da temperatura em nossa região, são condições favoráveis ao aparecimento dessa doença e o produtor perde cerca de 20% de seus fruto por estarem manchados onde o comércios não aceita por esta deformidade, além das folhas apresentarem grandes manchas uniformes que acabam caindo e desfolhando da planta do maracujazeiro.
O TECSA CLOR não é tóxico, não deixa residual e não é oxidante, tem grande eficiência valorizando seu produto pois atende as normas de segurança alimentar onde é registrado pelo IBD para seu uso na agricultura orgânica.

domingo, 23 de maio de 2010

USO INDISCRIMINADO DE AGROTÓXICOS EM DEBATE NO CEARÁ

Discussões e mais polêmicas à parte, a semana segue decisiva na discussão sobre estratégias no combate ao uso indiscriminado de agrotóxicos. Acontece amanhã (20), na Assembleia Legislativa do Estado, audiência pública para discutir o impacto dos agrotóxicos no Ceará, Estado considerado atrasado nas discussões sobre o tema e que, também, não tem infraestrutura para analisar os principais alimentos que consome. A Rede Nacional dos Advogados Populares (Renap) encaminhará pedido para revisão da Lei Estadual de Agrotóxicos, sugestão também elaborada pelo Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam). Movimentos sociais recolhem assinaturas de populares contrários à pulverização aérea com veneno em Limoeiro do Norte. Apesar das evidências de contaminação por agrotóxicos ao meio ambiente e à saúde humana em relatórios de algumas das principais instituições de pesquisa do Ceará, do Brasil e do Exterior, vereadores de Limoeiro questionam a legitimidade dos dados e se articulam para que a lei que proíbe a pulverização seja derrubada.A correlação de forças no litigioso debate envolvendo os agrotóxicos na lavoura agrícola está com dois antagonistas bem nítidos: de um lado, movimentos sociais e institutos de pesquisa (entre órgãos estaduais e universidades) apontando a contaminação do solo, da água e das pessoas com o uso abusivo de agrotóxicos; de outro, produtores rurais defendendo a "importância" dos venenos na luta contra as pragas e alegando, sempre como argumento mais forte, a geração de empregos que o desenvolvimento potencial da agricultura irrigada tem gerado na região jaguaribana, notadamente na Chapada do Apodi, entre Limoeiro do Norte e também em Quixeré.No meio disto está boa parte da população de Limoeiro, especialmente da Chapada do Apodi, evitando se pronunciar diretamente sobre o problema, principalmente desde a morte do líder comunitário José Maria Filho, que há vários anos denunciava o problema. Na comunidade do Tomé, do líder assassinado, as pessoas não querem comentar. "Eu participei dos protestos, com muita gente, mas a gente aqui num pode se expor, então não bote meu nome aí não", pede um agricultor da comunidade do Tomé, na Chapada do Apodi. Mais do que do veneno, tem medo da pistolagem, modelo de crime comum na região e que, segundo a Polícia, teria vitimado José Maria (a causa do crime ainda não foi elucidada até agora).A Câmara Municipal de Limoeiro do Norte está aguardando o laudo oficial da Universidade Federal do Ceará (UFC) sobre as 46 amostras de água para consumo humano e que, em todas as análises, foi verificada a presença de princípio ativo de diversos herbicidas, fungicidas, acaricidas e herbicidas usados principalmente nas plantações de abacaxi, melão e banana da Chapada do Apodi. Por telefone com a reportagem, a médica e professora Raquel Rigotto, que coordena o grupo de especialistas pesquisadores, afirmou não ter recebido o ofício da Câmara pedindo o laudo, pois está participando de um congresso no Rio Grande do Sul.Conforme o Caderno Regional antecipou na semana passada, essa pesquisa desenvolvida pelo Núcleo Trabalho, Saúde e Meio Ambiente para a Sustentabilidade (Tramas), da UFC, se tornará instrumento jurídico por meio de convênio celebrado entre a universidade e o Ministério Público do Ceará. O vereador Heraldo Holanda, de Limoeiro, teme que a articulação de vereadores se reverta de forma contrária às evidências técnicas de contaminação: "por incrível que pareça, se a sociedade não se mobilizar, a lei vai ser derrubada, vergonhosamente", afirmou, referindo-se à lei municipal que proíbe a pulverização aérea e que, depois de sua aprovação, gerou a pressão de grupos econômicos que defendem a utilização de agrotóxicos nas lavouras do perímetro-irrigado Jaguaribe-Apodi. Movimentos sociais estão recolhendo assinaturas da população de Limoeiro defendendo a manutenção da lei. A meta é alcançar 1.500 assinaturas de munícipes até amanhã, quando em reunião ordinária poderá ser votado o pedido de revogação da lei.EvidênciasNa última segunda-feira, o Jornal Nacional, da TV Globo, divulgou estudo feito pela Academia Americana de Pediatria, nos Estados Unidos, comprovando que o consumo de alimentos com agrotóxicos aumenta em duas vezes o transtorno do déficit de atenção e a hiperatividade em crianças. Foi o maior estudo realizado em relação ao efeito dos agrotóxicos no comportamento infantil.No último sábado, o Caderno Regional publicou, com exclusividade, pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado dando conta que, de 20 tipos de frutas, verduras e legumes, pelo menos 17 tiveram suas amostras com resíduos de agrotóxicos acima do permitido para consumo. Foram 135 amostras recolhidas em grandes e pequenos supermercados da Grande Fortaleza. A pesquisa, a pedido do Programa de Análise de Agrotóxico em Alimentos (Para) foi realizada nos laboratórios de Saúde Pública (Lacen) de Goiás, Minas Gerais e Paraná, que avaliam alimentos de todo o País.Abaixoassinado1.500 ASSINATURAS estão sendo coletadas até amanhã, em Limoeiro do Norte, em abaixoassinado contra a revogação da lei que proíbe a pulverização aérea de agrotóxicos no ApodiMAIS INFORMAÇÕESassembleia Legislativa do Estado do Ceará: (85) 3277.2500
Câmara Municipal de Limoeiro do Norte(88) 3423.4140


(Diário do Nordeste - CE - 19/05)

CRISE EUROPEIA IMPACTA NA VENDA DE ORGÂNICO

A crise na Europa já impacta as exportações de orgânicos brasileiro. Segundo Ming Liu, coordenador do projeto Organics Brasil, a Europa começou a proteger o mercado doméstico, criando barreiras relacionadas a certificações para outros países. "O ambiente externo não está favorável à exportação. A sobrevalorização do real é outro fator negativo nesse cenário", afirma.De acordo com Liu, o consumidor passou a optar por produtos mais baratos, onde lá fora as grandes redes de supermercados entram para o segmento, disponibilizando orgânicos de marca própria. "Como também ocorre no País. O Pão de Açúcar, por exemplo, criou a marca Taeq", afirma o executivo.Em 2009, as exportações das 74 empresas de orgânicos que integram o programa Organics Brasil somaram US$ 58 milhões.Para o coordenador, se no fim de 2010 esse montante se repetir, também com as participações em feiras internacionais, o setor no Brasil já terá motivo para comemorar. Em 2009, a Organics participou de sete feiras no exterior, inclusive na maior delas, a Biofach Nuremberg, na Alemanha. Só nesta, os negócios gerados renderam US$ 34 milhões. Eventos nos Estados Unidos, Japão, Canadá e Inglaterra também foram incluídos no roteiro do orgânico brasileiro.Por outro lado, segundo Liu, as matérias-primas orgânicas embarcadas para formulação de cosméticos, mesmo com a crise, devem continuar em expansão.O Brasil é o maior extrativista mundial de ingredientes também utilizados na cosmetologia como óleo de andiroba, buriti, açaí e castanhas. "Temos seis milhões de hectares nos biomas Amazônico e do Cerrado."De acordo com Liu, o último levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realizado em 2003, mostra uma área de 872 mil hectares de orgânicos no País. "Dados de certificadoras para o mercado externo apontam hoje 7,1 milhões de hectares", diz.De acordo com Censo Agropecuário, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), são 90,5 mil estabelecimentos rurais de agricultura orgânica.O mercado anual de produtos orgânicos do Brasil, de acordo com MDA, é de cerca de R$ 700 milhões, sendo 40% comercializados no País e 60% para exportação, com crescimento aproximado de 25% ao ano. Estima-se que 85% dos produtores orgânicos brasileiros sejam familiares.No entanto, a incerteza estatística quanto a hectares, produtores, cultivares e consumo interno de orgânicos está com os dias contados. Já que 2011 será o ano do marco orgânico para o Brasil, quando a cadeia contará com o cadastro oficial finalizado.Em 2011, o País terá ainda a certificação do orgânico brasileiro uniformizada com selo nacional. O documento será creditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).De acordo com o MDA, os agricultores familiares e empreendedores da agricultura familiar têm até dezembro para se adequarem ao novo sistema de garantia dos produtos orgânicos.A medida faz parte do Decreto nº 6.323/07 que instituiu o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica. O sistema, sob responsabilidade do Mapa, tem a função de regular, controlar, definir regulamentos e registros necessários relacionados aos produtos orgânicos.Também no fim deste ano, além dos 7,1 milhões de hectares certificados para exportação, os números do mercado interno também serão somados. "O levantamento é essencial para elaboração de estratégias para o setor", pondera.Segundo Liu, a rede Pão de Açúcar foi a única no País a divulgar o avanço de 40%, em 2009, nas vendas de produtos orgânicos. "No geral, em produção e varejo o Brasil deve crescer anualmente de 15% a 20%", estima.No varejo, os preços dos produtos orgânicos são de 20% a 30% mais caros que os convencionais.Dados da Organics Brasil mostram o Paraná na liderança do ranking dos estados que mais produzem orgânicos, com agricultura familiar. Seguido do Amazonas, onde o açaí é o carro-chefe. A castanha e o mel do Ceará estão na terceira colocação, e o açúcar orgânico da Native, em São Paulo, em quarto lugar. "A Native é a maior exportadora mundial de açúcar orgânico", observa.Atualmente o Brasil embarca orgânicos, principalmente matéria-prima para 78 países, dentre eles, Alemanha, França, Reino Unido e Canadá. "No Brasil são pelo menos duas mil empresas que trabalham com orgânico."Ainda segundo Liu, o Rio Grande do Sul, Pará, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Amapá e a Paraíba também são ativos na agricultura.O coordenador adiantou que já existem empresas no Brasil interessadas em investir no setor de pet food, que ainda não conta com produtos orgânicos. "Nos Estados Unidos já existe. Aqui também deve surgir", afirma.Outra novidade no Brasil é a adesão de empresas na área de sustentabilidade, como o Santander e a Natura que oferecem em seus refeitórios alimentos orgânicos no cardápio. "Para incentivar a agricultura local, alguns municípios também inseriram orgânico na merenda escolar", acrescenta.Gargalo Segundo Ming Liu, daqui para frente a maior dificuldade para agricultura orgânica será o acesso à semente crioula ou nativa, sem modificações genéticas.Para o coordenador, o governo federal deveria criar programas de incentivo ao produtor para que parte de sua produção seja direcionada a sementes. "A Embrapa já realiza trabalhos neste sentido", diz.A crise na Europa já impacta as exportações de orgânicos brasileiros. Segundo Ming Liu, coordenador do projeto Organics Brasil, a Europa começou a proteger o mercado doméstico, criando barreiras relacionadas a certificações. "O ambiente externo não está favorável. A sobrevalorização do real é outro fator negativo nesse cenário", afirma. Segundo Liu, o consumidor passou a optar por produtos mais baratos lá fora, onde as redes de supermercados entram para o segmento, disponibilizando orgânicos de marca própria.


(DCI - Diário, Comércio & Serviços - SP - 21/05)

USO DE BACTÉRIAS NO SOLO AUMENTA COLHEITAS EM 100%

O Programa das Nações Unidas para o Meio-Ambiente, Pnuma, anunciou que é possível aumentar em mais de 50% a produtividade das lavouras sem recorrer ao uso de fertilizantes.A descoberta foi anunciada na terça-feira (18), na abertura de uma conferência no Centro Agroflorestal Mundial em Nairóbi, no Quênia. O encontro discute como os microorganismos trabalham no solo e como eles podem ser utilizados.O projeto internacional de pesquisa intitulado Manejo Sustentável da Biodiversidade Subterrânea observou a relação entre os microorganismos presentes no solo e a produtividade das plantações. Estudos realizados no Quênia indicaram que o uso de alguns tipos de bactérias no solo das plantações de soja aumentou a lucratividade das lavouras entre 40% e 60%, sem o uso de fertilizantes. Quando microorganismos foram usados em plantações, com o auxílio de fertilizantes orgânicos, as colheitas dobraram. Neste cenário, os custos caíram e a lucratividade das lavouras aumentou. Os microorganismos ajudam ainda no melhor aproveitamento da água e dos nutrientes.Segundo o Pnuma, outra descoberta importante é que, em alguns casos, as bactérias ajudaram a combater doenças nas lavouras, diminuindo a necessidade de pesticidas.O projeto internacional de pesquisa sobre a biodiversidade subterrânea deverá durar oito anos e conta com o apoio de cientistas do Brasil, Côte d"Ivoire, Índia, Indonésia, México e Uganda. A agência da ONU fornece suporte na implementação do projeto.

MAPA APREENDE 647,4 TONELADAS DE FERTILIZANTES EM MUNICÍPIOS PAULISTANOS

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apreendeu 647,4 toneladas de fertilizantes, no período de 3 a 7 de maio, em sete municípios de São Paulo. Entre as irregularidades encontradas destacam-se produtos contaminados com metais pesados tóxicos e uso de substâncias proibidas na formulação dos fertilizantes. As cidades vistoriadas foram Arujá, Batatais, Ituverava, Jardinópolis, Mauá, Paulínia e Suzano.Segundo o diretor de Fiscalização de Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, Girabis Ramos, foram emitidos oito autos de infração. “Verificamos o uso de material (resíduo e minério) não autorizado pela fiscalização, a produção e comercialização de fertilizantes sem registro no Ministério da Agricultura, adulterações do produto e o descumprimento de obrigações junto ao órgão de fiscalização”, explicou.Na operação, 15 fiscais federais agropecuários coletaram 64 amostras, representando 8,4 mil toneladas de fertilizantes que serão analisadas pelos Laboratórios Nacionais Agropecuários (Lanagros) do Mapa. A expectativa é que o resultado seja divulgado dentro de 90 dias.
(Mapa –Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - SP -

Especialista alerta para aumento do uso de agrotóxicos no país

Especialista alerta para aumento do uso de agrotóxicos no país
21/05
Francisco Beltrão (PR) – O uso de agrotóxicos aumentou consideravelmente nos últimos anos no Brasil, em cujas lavouras são usados indiscriminadamente produtos proibidos em outros países. O alerta é da gerente de Normatização e Avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Letícia Silva, que fez palestra nesta quinta-feira (20) na 9ª Jornada de Agroecologia, no município de Francisco Beltrão.
De acordo com Letícia, só no ano passado, o consumo foi de 790 mil toneladas de ingredientes ativos, avaliados em US$ 6.8 bilhões, de produtos que, formulados, podem ser multiplicados infinitamente. “Isso é muito grave”, afirmou Letícia, adiantando que diversos produtos químicos usados nas lavouras e proibidos em outros países estão passando por reavaliação para verificar a possibilidade de comercialização.
Com apoio da Polícia Federal, a Anvisa fiscaliza os agrotóxicos comercializados no país e a forma como estão sendo produzidos pelas multinacionais. “Empresas que cometem irregularidades são autuadas, e o resultado dos processos é encaminhado para a Polícia Federal e o Ministério Público Federal para apuração das responsabilidades criminais”, explicou.
Letícia Silva informou que, na próxima semana, a Anvisa deve divulgar os resultados de uma pesquisa que detalha o uso de agrotóxicos nos alimentos. A gerente da Anvisa é uma das participantes da Jornada de Agroecologia, realizada no sudoeste do Paraná. Cerca de 3 mil pessoas, entre acampados, assentados, estudantes, técnicos, pesquisadores e representantes de movimentos sociais de várias regiões do país, discutem, até o próximo sábado (22), um novo modelo de agricultura.
O agricultor Ariolino Morais, um dos fundadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Paraná, sugeriu subsídios para o produtor que não usa agrotóxicos. “Afinal, estamos produzindo alimento saudável, o que acaba sendo remédio para doenças. É preciso tratamento diferenciado para quem produz de forma segura e tem apenas um pedaço pequeno de terra”, argumentou Ariolino, um dos 370 mil agricultores familiares do Paraná, possuidores de áreas que não passam de 50 hectares.
Cerca de 1,2 milhão de pessoas estão envolvidas com a agricultura familiar no Paraná. Desse total, 5,3 mil trabalham na produção orgânica, responsável por cerca de 110 mil toneladas de alimentos por ano, cultivados numa área de 3,8 mil hectares.

Agência Brasil
Folha de Londrina

terça-feira, 11 de maio de 2010

USO DE DEFENSIVOS BATE RECORDE NO PAÍS

A agricultura brasileira nunca usou tanto defensivo quanto em 2009. Apesar de o mercado ter encolhido 7% em receita em relação a 2008, para US$ 6,62 bilhões, o volume de produtos utilizados nas lavouras deu um salto de 7,6% e ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 1 milhão de toneladas vendidas em um único ano.As indústrias de defensivos negociaram em 2009 um volume de 1,06 milhão de toneladas - no ano anterior haviam comercializado 986,5 mil toneladas , segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola (Sindag). Isso significa o equivalente a uma utilização de 22,3 quilos de defensivos por hectare na safra 2009/10, um volume 7,8% maior do que o teria sido aplicado em 2008/9 (20,7 quilos por hectare), considerando a venda de 986,5 mil toneladas em 2008.Um dos motivos para o aumento no consumo é que o produtor estava um pouco mais capitalizado que em anos anteriores na safra que está em fase final de colheita. Com mais recursos, foi possível elevar o uso de tecnologia nas lavouras, o que contribuiu para uma safra recorde de 146,3 milhões de toneladas, mesmo com uma redução de 74 mil hectares e plantio total de 47,6 milhões de hectares.A categoria de herbicida, usada para controlar a infestação de ervas daninhas, foi a mais vendida em 2009, com um volume de 632,2 mil toneladas, aumento de 9,9%. A queda no preço do glifosato - principal herbicida do mercado - fez com que a receita nessa categoria recuasse 21,7% para US$ 2,5 bilhões em comparação a 2008, segundo o Sindag.Mas o destaque nas vendas ficou por conta dos fungicidas. O aumento da incidência da ferrugem da soja no Sul e Centro-Oeste elevou a demanda para 127,8 mil toneladas, um crescimento de 14,8%. Em receita, a categoria foi uma das poucas a ter um resultado positivo, com crescimento de 13,8% e faturamento de US$ 1,8 bilhão.A soja também foi a responsável pelo aumento no consumo total de defensivos e por evitar um desempenho ainda pior na receita da indústria no ano passado. Os 23,2 milhões de hectares semeados com o grão receberam 530,1 mil toneladas de defensivos, elevando em 18% o volume consumido. Diante do aumento da demanda, principalmente de fungicida, as vendas para os produtores de soja renderam ao setor US$ 3,12 bilhões, um incremento de 2,6%.A demanda por defensivos por parte dos produtores de milho ficou praticamente estável em 2009 em 143,7 mil toneladas (queda de 0,4%). Já os produtores de cana reduziram em 8,6% o uso de produtos químicos para 70,9 mil toneladas no ano passado, enquanto os cotonicultores elevaram a utilização para 69,6 mil toneladas, 13,8% a mais do que no ano anterior. O aumento no algodão ocorre mesmo com a área plantada tendo se mantido praticamente estável na safra 2009/10 em 836 mil hectares.
(Valor Econômico - SP - 06/05)

CRESCE O NÚMERO DE EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS RECICLADAS EM SANTA CATARINA EM 2010

BONS EXEMPLOS DEVEM SEREM SEGUIDOS, VAMOS FAZER ASSIM COM NOSSA SERRA DA IBIAPABA
No primeiro trimestre de 2010, Santa Catarina aumentou em 32% o volume de embalagens de agrotóxicos recicladas em relação ao mesmo período do ano passado. O levantamento é do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). Cerca de 110 toneladas foram recicladas ou incineradas nos três primeiros meses deste ano. Só no mês de março, 21 toneladas receberam o distino correto. No país, quase 7 mil toneladas de embalagens vazias foram destinadas corretamente no primeiro trimestre. O número representa um crescimento de 21,7% em relação ao volume retirado do campo no mesmo período de 2009 — 5.683 toneladas. O InpEV O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias é uma entidade sem fins lucrativos que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas em sua responsabilidade de destinar as embalagens vazias de seus produtos de acordo leis federais. DIARIO.COM.BR Abaixo, os percentuais de outros estados: Bahia Volume 2009 (t): 278,4 Volume 2010 (t): 553,7 Crescimento: 99% Espírito Santo Volume 2009 (t): 23,3 Volume 2010 (t): 36,3 Crescimento: 55,8% Goiás Volume 2009 (t): 687,7 Volume 2010 (t): 834,3 Crescimento: 21,3% Mato Grosso Volume 2009 (t): 1.282,5 Volume 2010 (t): 1.460 Crescimento: 13,8% Mato Grosso do Sul Volume 2009 (t): 339,5 Volume 2010 (t): 503 Crescimento: 48,2% Minas Gerais Volume 2009 (t): 417,6 Volume 2010 (t): 639,8 Crescimento: 53,2% Paraná Volume 2009 (t): 898 Volume 2010 (t): 1.014,8 Crescimento: 13% Piauí Volume 2009 (t): 29,9 Volume 2010 (t): 64 Crescimento: 113,9% Rondônia Volume 2009 (t): 10,1 Volume 2010 (t): 54,3 Crescimento: 437,6% São Paulo Volume 2009 (t): 753,4 Volume 2010 (t): 870,5 Crescimento: 15,5% Tocantins Volume 2009 (t): 40,1Volume 2010 (t): 58,2 Crescimento: 44,9% Fonte: Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias
(Diário Catarinense - SC - 06/05)

AGROTÓXICOS ILEGAIS CAUSAM PREJUÍZOS SEVEROS


Os três mil hectares cultivados com soja por um produtor do Mato Grosso, que preferiu não se identificar, foram dizimados depois que ele optou pelo uso de agrotóxicos falsificados para combater focos de ferrugem. "O prejuízo foi muito grande e ele quebrou. No entanto, prefere se manter no anonimato com medo de represálias por parte de quem vendeu o produto falsificado", diz o gerente da Campanha contra Agrotóxicos Ilegais, do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola (Sindag), Fernando Henrique Marini. Casos como esse se repetem a cada safra, confirmando a máxima de que o barato sai caro. Os produtos falsificados se apresentam muitas vezes como uma mistura simples de água com corante, sem nenhum tipo de aditivo químico que possa efetivamente agir sobre pragas e doenças. No caso da ferrugem, que exige prevenção, o uso de produtos falsificados pode ser catastrófico. Com relação ao custo de uma lavoura de soja, os defensivos representam 23% do custo total da lavoura, em um estudo feito na safra 2009/2010.Conforme dados do Sindag, o "market share" do defensivo falso chega a 9% do mercado nacional. Isso significa que esses produtos movimentaram mais de US$ 540 milhões no ano passado. "O total no mercado chegou a US$ 6 bilhões", disse Marini. A campanha, lançada em 2001, vem colhendo bons frutos: num comparativo entre o primeiro trimestre de 2009 e o deste ano houve uma alta de 71% no número de apreensões de produtos falsificados. De janeiro e março deste ano foram apreendidas 10,95 toneladas de produtos, volume bem acima das 6,4 toneladas retidas no período em 2009. O dirigente ressalta que tem aumentado o número de apreensões de produtos falsificados em detrimento dos contrabandeados: em 2008, 80% das prisões foram de contrabandeados e 20% de falsificados. No ano passado, esse dado fechou em 50%. Além de buscar a redução da comercialização dos produtos falsificados, o sindicato realiza um trabalho de sensibilização dos produtores sobre os prejuízos do uso dessas mercadorias. Para Marini, a maioria dos produtores sabe que está comprando produtos falsos, uma vez que os mesmos são oferecidos sem nota fiscal e sem a receita agronômica. No ano passado, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fiscalizou 666 marcas de agrotóxicos, do total de 700 que estão no mercado, em 176 estabelecimentos. A operação resultou na apreensão de 606 toneladas de produtos. "O índice de conformidade alcançou 92%. Temos o papel de monitorar a produção, importação e exportação de agrotóxicos e afins e conferir a qualidade desses insumos, por meio de análise laboratorial ou fiscal dos produtos fabricados ou formulados", ressalta o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins da Secretaria de Defesa Agropecuária, Luís Rangel. As lavouras que mais utilizam agrotóxicos no País são a soja, milho, cana, algodão e citros, com 81,4% do consumo nacional.
(Jornal do Commercio - RS - 27/04)